Segundo
pesquisadores dinamarqueses, filhos de mães portadoras de doenças
como diabetes tipo 1, artrite reumatóide e também doença celíaca,
teriam risco até três vezes maior de desenvolver o autismo. Este
foi o primeiro estudo em que foi encontrada uma relação entre o
autismo e a doença celíaca na família, mostrando que é possível
a conexão da síndrome com estas doenças auto-imunes. Tais estudos
ainda não têm significado clínico (não devem afetar as decisões
e comportamento dos portadores), mas podem direcionar mais pesquisas
em torno das causas da síndrome. O autismo é fortemente determinado
geneticamente, porém não se sabe com precisão quais são os genes
envolvidos. Estas pesquisas têm o intuito de encontrar quais áreas
do genoma são relacionadas ao autismo, como também estudar a
influência de fatores externos.
Para
este estudo feito na Dinamarca foram coletados dados de mais de 3000
crianças dinamarquesas, consideradas autistas. Entre estes dados
estavam a presença de doenças auto-imunes na família. Resultados
apontaram que as crianças cujas mães possuíam alguma doença
auto-imune teriam maior risco de desenvolver o autismo do que as
demais. Porém este risco não é absurdamente maior, por exemplo,
para o caso de mães com diabetes tipo 1 o risco era 2 vezes maior do
que na população geral; no caso de artrite reumatóide, 1,5 vezes;
e para o caso de doença celíaca, um pouco mais de 3 vezes. Estes
estudos foram importantes, pois os resultados mostraram que o autismo
está de certa forma relacionado à alterações no sistema
imunológico. Segundo o Dr. Atladottir, do Instituto de Saúde
Pública da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, os resultados não
devem causar preocupações nos pais portadores das doenças
auto-imunes descritas nesta matéria, já que a grande maioria dos
portadores destas mesmas doenças não têm filhos autistas.
A relação entre as doenças ainda não está muito definida, as hipóteses são que os genes associados às doenças auto-imunes e ao autismo podem estar relativamente próximos, ou que a doença auto-imune modifica de alguma forma o processo de gestação da criança, aumentando o risco do autismo se desenvolver.
A relação entre as doenças ainda não está muito definida, as hipóteses são que os genes associados às doenças auto-imunes e ao autismo podem estar relativamente próximos, ou que a doença auto-imune modifica de alguma forma o processo de gestação da criança, aumentando o risco do autismo se desenvolver.
Paralelamente
ao tratamento com terapeutas, intervenções nutricionais também têm
sido sugeridas, como no caso a restrição de alguns alérgenos
alimentares, uso de probióticos e suplementos nutricionais. Das
intervenções descritas, as mais comuns são a dieta sem glúten e a
sem caseína, presente no leite e derivados. Em alguns estudos
chegaram a hipótese de que alguns dos sintomas autísticos possam
ser consequência de excesso de opióides (substâncias com ação
semelhante à morfina) no organismo. Isso porque a maior
permeabilidade intestinal frequentemente observada nos autistas,
permitiria que grandes peptídeos, resultantes da digestão
incompleta do glúten e caseína, cruzasse a membrana intestinas,
atuando como opióides, entrando na corrente sanguínea e atingissem
o sistema nervoso central, resultando na produção dos sintomas dos
autistas.
Portanto, com a retirada do glúten e da caseína da
dieta, resultaria na melhoria dos sintomas.
Não custa, tentar não é? Embora os resultados das pesquisas não tenham 100% de certeza, e mais estudos precisam ser realizados, a retirada destes alérgenos, o que não é impossível de se fazer, pode ser de grande ajuda no tratamento. Porém é importante levar em conta de que toda dieta de restrição deve ser acompanhado por médico ou especialista.
Não custa, tentar não é? Embora os resultados das pesquisas não tenham 100% de certeza, e mais estudos precisam ser realizados, a retirada destes alérgenos, o que não é impossível de se fazer, pode ser de grande ajuda no tratamento. Porém é importante levar em conta de que toda dieta de restrição deve ser acompanhado por médico ou especialista.
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